Segundo investigações, “Binho Galinha” estaria envolvido com receptação de cargas roubadas, extorsão, jogo do bicho e agiotagem em Feira de Santana
Redação Mais – O deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (Patriota) foi alvo, nesta quinta-feira (7) de busca e apreensão pela Polícia Federal na cidade de Feira de Santana, a 110 km de Salvador. Ele é apontado como chefe da milícia na Bahia. De acordo com o G1, a PF chegou a pedir a prisão dele, mas a 1ª Vara Criminal de Feira de Santana negou, autorizando somente a busca.
“Consta na denúncia que, mediante investigações capitaneadas pela Polícia Federal foram colhidos elementos indiciários que demonstram que, supostamente, desde o ano de 2013, os denunciados integrariam organização criminosa armada liderada por Kléber Cristian Escolano de Almeida, alcunha ‘Binho Galinha’, e agiriam em comunhão de ações e desígnios, de forma consciente e voluntária, de forma permanente e estável, mediante divisão de tarefas, para o fim de ocultar e/ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação e/ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de variadas infrações penais, em especial receptação de cargas roubadas/furtadas, extorsão, jogo do bicho e agiotagem, entre outras” diz a decisão.
Ao todo, são dez mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão. Segundo a PF, 200 policiais federais participam da operação.
Segundo o inquérito, ainda há a “participação de três policiais militares do estado da Bahia, os quais integrariam o braço armado do grupo miliciano, cujas atribuições seriam de efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogos ilícitos e empréstimos a juros excessivos”.
A Justiça ainda determinou o bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.