Um exemplo de covardia e truculência policial em Barra de Jacuípe, na cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador, viralizou. As redes sociais. Policiais militares abordaram um jovem de 24 anos com extrema agressividade na sexta-feira (07/06) e o rapaz sofreu fraturas no corpo. O caso aconteceu por volta das 22h, na Rua Humberto Costa.
A vítima foi atingida na clavícula, entre o ombro e o braço esquerdo, e no punho. Familiares estão revoltados. Ele contaram em entrevista à TV Bahia que o rapaz aproveitava a noite quando uma viatura chegou. Os policiais exigiram o desligamento do som. Em seguida colocaram os homens na parede para serem revistados, iniciando filmagens, o que irritou as guarnições, que começaram a agredir as pessoas.
Dois vídeos viralizaram. O primeiro mostra que um policial interrompe a abordagem com os homens encostados na parede e avança para cima do jovem que teve o braço fraturado.
Ele recebe murro e chutes enquanto pessoas ao redor gritam: “Para com isso. É abuso de autoridade” e “Tá errado bater no cara”.
Um segundo policial se aproxima e agride o rapaz com cassetete. Cinco golpes são desferidos até que o primeiro PM retorna e os dois passam a agredir o homem. Mais quatro golpes de cassetete são dados.
O jovem foi internado no Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, e aguarda regulação para realização de uma cirurgia. A expectativa é de que ele seja operado em outra unidade de saúde segunda-feira (10/06). O rapaz terá que usar um pino de platina no corpo.
Um segundo vídeo mostra quando uma mulher é abordada. Ela é namorada do jovem agredido e teria sido coagida a entregar o celular por estar filmando a ação.
A Polícia Militar disse que agentes da 59ª CIPM foram acionados para averiguar denúncia de festa tipo paredão no local, na madrugada de sábado.
“Ao chegar, a patrulha realizou abordagens e busca pessoal, na tentativa de identificar os envolvidos na formação do paredão, momento que foram hostilizados pela população e agredidos com arremessos de garrafas de vidro e ameaça verbal. Diante da situação, foi solicitado apoio de outras guarnições, mas os envolvidos conseguiram evadir”, diz um trecho da nota.
Quanto aos ataques ao homem registrados no vídeo, a corporação disse que “fatos relacionados a agressões serão apurados”, pois não apoia “comportamentos contrários à doutrina preconizada”.