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Geddel alerta Bruno Reis para “segurar a matilha”: “Se vier abaixo da linha da cintura, vai virar carnificina”

Em uma entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM, o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima, um dos líderes do MDB na Bahia, discutiu sua relação com o ex-prefeito ACM Neto e com o atual prefeito, Bruno Reis (União Brasil). Geddel rompeu com o União Brasil e se alinhou ao grupo liderado pelo PT no estado.

Apesar de afirmar que não guarda mágoas ou raiva de ninguém, Geddel mencionou a dificuldade de diálogo com ACM Neto devido a experiências passadas na política. Em relação a Bruno Reis, ele destacou uma boa relação pessoal.

Segundo Geddel, funcionários do Palácio Thomé de Souza têm utilizado sua prisão em 2017, no caso do “bunker” onde foram apreendidos R$ 51 milhões, para desgastar a imagem do vice-governador Geraldo Júnior nas redes sociais.

“Todo mundo que é dono de uma matilha tem que segurar seus cães, sejam eles os próprios ou terceirizados. O Bruno, por exemplo, tem um marqueteiro muito ousado que gosta de terceirizar ataques. Só que eu tenho 40 anos nessa atividade. Sei de onde está vindo e, se vier abaixo da linha de cintura, vai virar uma carnificina. Passando por tudo o que já passei, pode-se dizer tudo de mim, menos que tenho medo de enfrentamentos. Não tem mais o que dizer de mim. Levar mais porrada do que já levei? Aguentei todas, calado, por mim e por outros. Minha vida seria muito mais fácil se eu tivesse cedido a pressões para falar de tantas pessoas. Aí será uma carnificina e eu vou ter que usar o que tenho. Mas gosto muito de Bruno e espero que isso não aconteça, desde que ele segure a matilha dele”, alertou, citando “vídeos” e “paredes pichadas” contra Neto na eleição de 2022.

Geddel também mencionou que ACM Neto e Bruno Reis frequentavam sua casa, buscando apoio para a candidatura de governador. Ele afirmou que não há político na Bahia com autoridade para apontar o dedo para ele, pois conhece a história de todos e já suportou muitas críticas calado.

“Pergunta a ACM Neto e a Bruno Reis por que, em 2022, não saíam da minha casa? Depois de tudo o que aconteceu comigo, ficavam lá todo dia, toda hora, pedindo apoio à candidatura dele a governador. Quem deve responder sobre mim são o meu amigo Bruno Reis e ACM Neto, porque isso não foi antes dos episódios. Foi depois. Foi agora. Não tem político na Bahia com autoridade para apontar o dedo para mim. Bateu, levou. Eu conheço a história de todo mundo. Levei muita porrada calado, sozinho, e, para mim, chegou”, desabafou.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de participar da campanha de Geraldo Júnior, ele afirmou que não será o protagonista da campanha, mas estará disponível para contribuir com ideias e experiência.

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