Anuncio

Publicidade

Mistério persiste: morte de casal de rifeiros completa 583 dias sem solução

Redes Sociais

Nesta segunda-feira (15), completam-se 583 dias desde que um crime misterioso abalou a tranquilidade de um dos locais mais bucólicos de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Em 11 de dezembro de 2022, Rodrigo da Silva Santos, conhecido como DG Rifas, de 33 anos, e sua esposa Hynara Santa Rosa da Silva, a Naroka, de 39 anos, foram assassinados a tiros dentro de um condomínio em Barra de Jacuípe. O casal era dono de uma empresa de rifas e influenciadores digitais, somando mais de 190 mil seguidores.

O crime ocorreu na região do Canto do Rio Jacuípe, próxima ao Condomínio Ponta do Jacuípe, onde funcionam uma empresa de aluguel de jet-skis e um restaurante. Os assassinos chegaram em uma moto vermelha pouco depois do meio-dia e sentaram-se em uma mesa afastada, consumindo como clientes. “Passei por eles, dei ‘boa tarde’ e responderam. Mas o pessoal disse que eles já estavam na região mais cedo, foram vistos na praia e circulando pela igreja”, relatou uma fonte.

À tarde, Rodrigo chegou sozinho de jet-ski enquanto Hynara ficou na praia. Ele foi pegar cerveja no carro, passando pelos assassinos sem ser abordado. Mais tarde, ao retornarem juntos no jet-ski, o casal foi pagar a conta quando os dois homens levantaram-se e abriram fogo, matando ambos com tiros na cabeça e no peito. Os criminosos fugiram de moto logo após o ataque.

A 33ª Delegacia (Monte Gordo) está investigando o caso, mas até agora, não há indícios de autoria ou motivação. O restaurante e o serviço de aluguel de jet-skis ficaram fechados por quase um mês após o crime, com o dono entrando em depressão. “Aqui sempre foi muito bem frequentado, famílias passavam o dia inteiro e nunca houve qualquer problema. O som da barraca é tudo o que se ouve”, contou um funcionário.

Mesmo após a reabertura, o medo fez com que o local ficasse vazio por cerca de dois meses, mas aos poucos, os clientes começaram a retornar. Contudo, alguns funcionários ficaram assustados e relutantes em voltar a trabalhar, temendo a repetição do crime.

Há especulações de que Hynara poderia ter sido o alvo principal, já que Rodrigo passou duas vezes pelos assassinos sem ser atacado. “Parece que ele só morreu porque estava com ela”, comentou uma fonte. Hynara, que começou no negócio de rifas antes de conhecer Rodrigo, também foi condenada por estelionato em 2019 por usar um documento falso para sacar R$ 4,5 mil de uma agência bancária na Pituba.

Um policial civil sugeriu que o crime poderia estar relacionado a uma disputa entre rifeiros. “No dia do crime, Rodrigo estava inaugurando um jet-ski comprado à vista. Eles ostentavam muito e isso pode ter atraído a inveja de outros envolvidos com rifas”, explicou o agente.

A reportagem tentou entrar em contato com os parentes do casal, mas não obteve sucesso. O espaço permanece aberto para eles.

Publicidade