O cantor Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, que atualmente atuava como backing vocal do cantor Igor Kannário, foi preso na tarde da última segunda-feira (2), no Aeroporto de Salvador. Dudu estava acompanhado de Kannário e de outro integrante da banda no momento da prisão.
Em um vídeo gravado minutos antes de ser detido, Dudu celebrou a chegada em Salvador e disse: “Mais um pra conta”, em referência ao show realizado no Carnaval de São Luís do Maranhão, onde se apresentou com a banda de Kannário no último domingo (1). Veja vídeo!
O acusado foi condenado por estuprar duas adolescentes em 2012, na cidade de Ruy Barbosa, no Centro Norte da Bahia. Embora os réus já tivessem sido condenados em maio de 2015 a 11 anos e 8 meses de prisão, o caso se arrastou por recursos, e Eduardo Martins estava respondendo ao processo em liberdade até a decisão recente.
A prisão foi determinada pelo juiz Jesaías da Silva Andrade, da Vara Criminal de Execuções Penais e Infância e Juventude, que ordenou o cumprimento de uma pena de 10 anos de reclusão.
Dudu está custodiado na sede da Polícia Interestadual, a Polinter. De lá ele passará por exames periciais no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e, posteriormente, por uma audiência de custódia onde um juiz analisará as condições da prisão do pagodeiro.
Se não houver nenhuma decisão da Justiça sobre o pedido da defesa nos próximos dias, Dudu seguirá para o Centro de Observação Penal (COP), que fica no Complexo Penitenciário da Mata Escura.
RELEMBRE O CASO
O estupro coletivo contra duas adolescentes de 16 anos ocorreu no município de Ruy Barbosa, a 308 km de Salvador, em 26 de agosto de 2012. O crime ocorreu dentro do ônibus da banda, para o qual as garotas foram convidadas a entrar pelos artistas após uma sessão de autógrafos, depois do final da apresentação do grupo na micareta daquela cidade.
No interior do veículo, as garotas passaram a ser vítimas de abuso e forçadas a praticar sexo com todos os integrantes. Foram condenados, além de Dudu, Alan Aragão Trigueiros, Edson Bonfim Berhends Santos, Guilherme Augusto Campos Silva, Jhon Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Weslen Danilo Borges Lopes e William Ricardo de Farias. A Justiça, à época, também absolveu o ex-policial militar Carlos Frederico Santos de Aragão e o segurança particular Jeferson Pinto dos Santos.