Nos corredores da política de Lauro de Freitas, um burburinho cresce a cada dia. Fiéis escudeiros que marcharam ao lado de Débora Régis desde sua cassação como vereadora e durante a campanha eleitoral de 2024 começam a demonstrar insatisfação com o rumo da atual gestão. O motivo? O espaço concedido dentro da administração municipal não estaria à altura do esperado por alguns aliados – e isso se reflete não apenas nos cargos de primeiro escalão, mas também nos de segundo e terceiro.
A insatisfação não é novidade. Desde a montagem do secretariado, houve ruídos entre Débora e figuras influentes da cidade, incluindo o empresário e presidente municipal do União Brasil, Teobaldo Costa, que não escondeu sua contrariedade com algumas nomeações. Mas o que mais chama atenção agora é o sumiço estratégico de três nomes de peso na política local: o presidente da Câmara, vereador Juca (PSDB); o vereador Tenóbio (PL); e o vereador licenciado e atual secretário de Mobilidade Urbana, Nilton Sapucaia.

O trio, apelidado nos bastidores de “Trio Ternura”, sempre fez oposição ferrenha à antiga gestão e esteve ao lado de Débora Régis no embate eleitoral. No entanto, na última sexta-feira (14), os três simplesmente não compareceram à primeira grande entrega de obra da prefeita no bairro de Portão – justamente a região onde, durante a campanha, Débora enfrentou dificuldades para entrar devido à resistência do tráfico local.
O que explica essa ausência? Uma incompatibilidade de agenda? Um gesto de descontentamento? Ou um rompimento velado dentro da base governista? O silêncio dos três só aumenta as especulações e reforça a percepção de que há algo se movendo nos bastidores. Se a prefeita não conseguir estancar essa insatisfação, o que começou como pequenos ruídos pode virar um terremoto político dentro da sua gestão.